DRS.17

Os tipos de torcicolos


Comento regularmente que certos diagnósticos aumentam o tempo de tratamento, o consumo de fármacos e o número de seções. Um bom exemplo é o torcicolo.

Há vários quadros sob o título torcicolo. Apesar de um sintoma em comum (a cabeça desalinhada), isto, por si só, não é suficiente para definirmos a melhor terapêutica para esse quadro. Por que não é um, mas são vários os quadros com esse nome. O melhor recurso para alguns torcicolos - o alongamento cervical - é prejudicial se aplicado em outros. Assim se faz mister o diagnóstico diferencial.

Há torcicolos resultantes de compressões cervicais (do plexo braquial). Não requerem as mesmas terapêuticas quando o torcicolo é causado pela luxação de algum músculo, como o ECOM ou trapézio. E, conforme o músculo luxado, os recursos e pontos de tratamento podem variar. 

Megapófises e até costelas cervicais podem ser responsáveis pelo torcicolo. Algum músculo luxado, contraído ou hipotônico pode ser o responsável pelo quadro, além do clássico torcicolo noturno - provocado por expor o pescoço à friagem ou à imobilização enquanto aquece o resto do corpo sob as cobertas. A dosagem de potássio alterada no sangue pode provocar o mal. Ora, cada quadro requer recursos diferentes à reabilitação. 

Se são quadros efetivamente diferentes, porque alcunhamos todos de torcicolo? Pior: por que todos costumam ser tratados da mesma maneira?

Agravante

Um dos melhores recursos em alguns tipos de torcicolo é a tração cervical, como nos casos em que há compressão do espaço interdiscal. Mas esse mesmo recurso pode agravar o quadro em casos de luxação de um dos dos músculos do pescoço ou do ombro. O estiramento ou luxação do trapézio, por exemplo, também promove a postura do torcicolo e é agravado com a tração cervical.

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Sobre a sindromização.

 

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