DRS.68 |
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Osteoporose |
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Tenho regularmente alertado que
certas práticas da Saúde vêm prejudicando a saúde. Como associar grupos de
riscos a uma patologia em vez de pesquisar sua Etiologia. Quando
identificamos a origem, podemos promover protocolos preventivos e curativos.
Quando apenas associamos a grupos ou outra coisa qualquer, só nos restam os
recursos corretivos. A osteoporose é uma dessas patologias: tendem a
associá-la a grupos de risco, mas omitem a possível Etiologia, objeto
deste texto. Todo mundo sabe da importância do
cálcio nesta patologia. E dos fatores importantes na sua absorção como o sol
da manhã, a vitamina D e o magnésio. Mas se buscarmos nos sites ou nos
discursos médicos a sua origem, seremos informados que não se sabe as causas
da osteoporose, mas os seus grupos de riscos, oito no total. Entre estes grupos
está o de mulheres maratonistas, mulheres fracas e frágeis e obesas. Mas não
há esforço em explicar como e por que a osteoporose ocorre nesses grupos.
Veremos neste texto. Osteoporose: o que é? Doença óssea metabólica que
resulta da carência de cálcio nos ossos. Facilmente diagnosticada por um
exame, a densitometria óssea. Tipo um raios X que mede a densidade de cálcio
nos ossos. Normalmente aferem na cabeça do osso da coxa – o fêmur, e ainda
outros ossos como os da coluna. Fatores de risco Vejamos os grupos em que a
osteoporose mais incide: a) Raça branca; b) Vida sedentária; c) Excesso de gordura; d) Pessoa magra e/ou frágil; e) Maratonistas; f) Sexo feminino; g) Baixa ingestão de cálcio e/ou
vitamina D; h) Período perimenopausal
ou pós-menopáusico (carência de estrógenos, típico da menopausa); i) Histórico familiar de
osteoporose. O que provoca a osteoporose? Já sabemos da importância do
cálcio nesta patologia e dos fatores importantes na sua absorção como o sol
da manhã, a vitamina D e o magnésio, o que explica o item g – baixa ingestão de Ca e/ou vitamina D. Os itens b – vida sedentária e
h – período perimenopausal são bem divulgados,
mas nem sempre bem explicados. O grupo e - maratonistas costuma causar
surpresa, já que exercícios físicos costumam estar associados à baixa
incidência de osteoporose. Vejamos então as causas da
osteoporose pouco divulgadas. Causas da osteoporose pouco
divulgadas 1) Acidez no organismo. 2) Pouca celulite (FEG) e outras
gorduras. 3) Alimentação pobre em carnes. 4) Circulação linfática extra
profunda prejudicada. 1) Acidez no organismo No texto Acidez no Sangue
comentei que vários mecanismos promovem acidificação do sangue e que, para
manter o pH em equilíbrio, além das funções renais e respiratórias, nosso
organismo utiliza a tamponagem, que consiste em
utilizar produtos com cálcio – como o cálcio orgânico e os colágenos – para
neutralizar os ácidos. Os ácidos englobam os resíduos
metabólicos e certa substâncias com pH alto como o açúcar, os vinagres e a
substância P. Dê uma olhadinha no texto Acidez no Sangue,
vale a pena. Este texto se refere ainda a outros males como a fibromialgia,
mas informa a relação entre a acidez do sangue e a perda de cálcio. A obra Sugar Blues mostra que as
patologias como gripe, diabetes e osteoporose foram aumentando entre os povos
à medida que estes foram descobrindo e aumentando o consumo de açúcar branco,
que é bem ácido (pH de 2,5!). O consumo de gorduras aumenta a
acidez do organismo porque seu resíduo é o ácido úrico. Os vinagres também
são ácidos, como os seus derivados picles e ketchup. Vários alimentos
produzem vinagre quando cozidos como o repolho e o tomate. Mas por que alimentos
com estes produtos – açúcares, gorduras e ácidos - não estão entre os
geradores de osteoporose? Lógico concluir que a alimentação
acidificante aumenta os riscos enquanto que a alcalinizante diminui. Mas como
os verdadeiros motivos da osteoporose não são divulgados, a população, de
forma geral, deixa de ter certos cuidados que poderia. 2) Falta de celulite e outras
gorduras A falta de gordurinhas (mama,
celulite e pneuzinhos) facilita a osteoporose porque, ao alcançar a
menopausa, o organismo feminino passará a ter sua principal fonte de
estrogênio a partir da queima da própria gordura, que libera o estrona, um
hormônio da família dos estrogênios. Sem celulites, o organismo utiliza mais
o mecanismo tamponagem para equilibrar os fogachos,
que consome cálcio, inclusive dos ossos. Isto já expliquei no texto Osteoporose
em Mulheres Maratonistas. 3) Alimentação pobre em carnes Este tópico se torna importante
para a velocidade de envelhecimento. Devemos lembrar que nosso
organismo contabiliza quase 50 tipos de colágenos, divididos em cinco
famílias. Ou 12, conforme a tabela de classificação. Textos da internet
confirmam: a partir de certa idade, passamos a produzir menos colágeno que
consumimos. Há quem afirme que na terceira idade só produzimos cerca de 35%
do colágeno que precisamos. Sabemos também que as proteínas animais –
colágeno em destaque – são absorvidas integralmente nos intestinos.
Sobrevivemos por anos sem esta fonte reguladora, mas a custo da qualidade de
músculos e ligamentos e de envelhecimento precoce. Percebo que pessoas que estão há anos
sem o consumo de proteína animal se reconhecem como muito bem de saúde.
Acredito, pois sei dos males que o excesso de carne e gordura podem provocar.
Mas boa parte destas mesmas pessoas possui uma pele muito fina, um tanto
brilhosa e sensível. Para os vegetarianos, trata-se uma pele de ótima
qualidade, quase vítrea. Para alguns tecnólogos em Estética, uma pele com
pouco colágeno. Isto certamente abre uma polêmica que, por hora, vou me
poupar de desenvolver. Sugiro apenas que o assunto seja aberto, que se
promovam pesquisas e avaliações. Considerando também a necessidade
de colágeno tanto para a recuperação de tecido quanto para a tamponagem, a reposição via alimentação ou nutrição é
necessária. Num país em que a alimentação é tão deficiente, dispensar uma
fonte de colágeno já pronto para consumo, como é o caso das carnes, não
parece muito bom para a saúde. É bom para os animais, defendido pelos seus
protetores, apoia a sustentabilidade do planeta e está em acordo com a ética
de alguns. Até vivemos e sobrevivemos sem, mas o não consumo de carnes pode
ser fator agravante da osteoporose. Quanto menos proteínas na
circulação sanguínea, mais a tamponagem utilizará
as reservas de cálcio dos ossos. Não dá para questionar isto. Em vegetarianos
antes dos 40 e alguns raríssimos casos, isto não é percebido. Cadê as
campanhas esclarecedoras? 4) Circulação linfática extra
profunda prejudicada Sabemos que os ossos são
constituídos de dois tipos de substância: a esponjosa, predominante nas
epífises (pontas) e o tecido ósseo compacto, predominante na diáfise (corpo
do osso), onde se localizam, em alguns ossos, a medula óssea, responsável
pela produção de hemácias. Onde há medula óssea, as artérias que a nutrem são
predominantemente responsáveis pela nutrição dos ossos. Também sabemos que os ossos são
nutridos internamente pelas artérias que passam por ele nos canais de
Volkmann (canais perpendiculares ao osso e que regularmente permitem a
passagem de artérias) e pelos produtos que passam pelos canais de Havers (canais longitudinais nos ossos). Superficialmente o periósteo,
responsável pelos reparos e proteção óssea, também o nutre. Assim são quatro os mecanismos de
nutrição dos ossos: 1) Onde há medula óssea, pelas as
artérias que a nutrem; 2) Pelas artérias que passam nos
canais de Volkman; 3) Pelos nutrientes que circulam
no sistema de Haversian, incluindo os canais de Volkman e Havers. 4) Superficialmente pelo
periósteo. Ora, regularmente lembro, em meus
textos, que as cartilagens, incluindo os periósteos, não são nutridas
diretamente por sangue, mas por linfa extra profunda. Também sabemos que, com
o tempo, os canais vão se calcificando e impedindo a circulação de sangue nas
artérias e outros líquidos. Com a idade também perdemos parte da medula
vermelha, e há até ossos em que ela se torna amarela (predominantemente
gordura). Como já comentei, a circulação de linfa extra profunda também tende
a diminuir. Todos estes fatores prejudicam os mecanismos de nutrição dos
ossos. Sobre a nutrição dos ossos Há um assunto muito importante e
que não é bem explorado na prevenção da osteoporose: como fazer para o cálcio
que se repõe chegar aos ossos? Reconhecidamente os exercícios
físicos são eficazes na prevenção da osteoporose. O motivo: forçam a
circulação extra profunda, entre outros efeitos positivos. Mas não é o único
recurso. Há técnicas de massoterapia que facilitam esta terceira circulação de
linfa. Por que as terapias passivas, muitas vezes mais eficazes que os
exercícios para promover e equilibrar esta circulação, são simplesmente
ignoradas? Críticas a alguns fatores de
riscos Gostaria ainda de questionar
alguns dos fatores de risco porque acredito que certas variáveis podem ser as
responsáveis pela osteoporose. a) Raça branca. Pessoas com a pele muito clara evitam se expor ao sol por
motivos óbvios. Natural que, por isto e não pelo fato de terem pele branca,
tenham maior índice de osteoporose. Por que esta observação é importante?
Porque nada podemos fazer quanto à cor da própria pele, mas podemos atuar
convictamente na exposição ao sol. i) Histórico familiar de
osteoporose. Pessoas de pele branca costumam
ter antepassados com a pele da mesma cor e, assim como eles, evitam a
exposição ao sol. Que pesquisa levou isto em conta quando afirmou que a
osteoporose tem causas genéticas na raça branca? Gostaria de lembrar que o
genoma humano já foi todo mapeado e ninguém ainda achou algum código genético
associado à osteoporose! Se não há nenhum gene associado à osteoporose e a
asserção acima é bem coerente, por que culpar a família e não os hábitos de
adaptação em acordo com a cor da pele? Afinal um, podemos melhorar, o outro,
não. b) Baixa ingestão de cálcio. Certamente é necessário que haja cálcio para que o
organismo não precise utilizar suas reservas deste mineral. Contudo o excesso
no consumo de cálcio tem promovido alta nos índices de hipertensão arterial,
alergias, problemas intestinais e respiratórios e ainda outros, como alertam
o Dr Carlos Eduardo Leite e inúmeros outros
profissionais da Saúde e das Alternativas. Na prática, é mais fácil
encontrarmos idosos com o consumo excessivo de cálcio e, por causa disto,
hipertensos, do que com baixa ingestão. Assim este fator, útil aos que têm
osteoporose, acaba por induzi-los a consumo exacerbado, levando-os a outros
males! Como sempre, não quero duvidar das
práticas médicas em si, pois sei dos esforços hercúleos dos médicos na
promoção da saúde. Pretendo apenas acusar que práticas do sistema que
debilitam os esforços médicos sem que estes se atentem. Por isto meus textos,
para mostrar onde a medicina pode melhorar, e apenas por isto. Voltar
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