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A gastrite somática – Terapias para refluxo e
gastrite - Ponto do estômago |
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Este texto pretende explicar: ü Por que o ponto do estômago dói quando a pessoa sofre de
refluxo ou outro problema estomacal, se não há ligação anatômica entre o
ponto e a víscera. Ponto do estômago. ü
Como um quadro
de estresse consegue estimular a produção de suco gástrico facilitando a
gastrite, o refluxo e seus desdobramentos. A gastrite seria
regularmente somática. ü Por que a Fisioterapia e as Alternativas são eficazes no tratamento
da gastrite e do refluxo. Fisioterapia e
Alternativas no tratamento do refluxo e da gastrite. Questão inicial: o ponto do
estômago Não há vínculo anatômico entre a
popular boca do estômago e a víscera! Todo mundo conhece a boca do
estômago. Em acupuntura, é o tsubô (ponto de
entrada e saída de energia) VC12. Está presente também nos chakras indus, é o Manipura chakra ou chakra do estômago. Conhecido
popularmente: este ponto fica sensível quando a pessoa sofre de problemas
estomacais. Localiza-se entre o umbigo e o processo xifóide.
Mas não há qualquer ligação entre
este ponto e a víscera. A Anatomia não relaciona nenhum
neurônio, nenhuma fáscia, nenhum músculo, nenhum reflexo neurológico, nada
entre este ponto e o estômago. Mas costumamos sentir dor ou queimação aí
quando em crise estomacais. Já muito ouvi e vi pessoas colocarem a mão sobre
o ponto e afirmarem
meu estômago está duro hoje ou está dolorido. O ponto se localiza subcutaneamente (logo abaixo da pele), provavelmente
ainda na fáscia de Camper (camada fascial mais superficial, rica em gordura), enquanto que a
víscera (o estômago) se localiza bem mais profundamente, atrás dos músculos
reto-abdominal, oblíquos externo e interno e transverso do abdomen. E é bem maior que ponto, mas só ele dói, seja a
lesão estomacal na parte superior, inferior, frontal, lateral ou posterior da
víscera. Há explicação na MTC, na teoria
dos chakras e em outras teorias energéticas: a
Energia entra ou sai por este ponto para fazer nutrir a víscera e entrar ou
sair do meridiano (canal de energia) do Estômago. Eu usei isto para divulgar que os
meridianos deveriam existir. Até ser apresentado à Neuroanatomia Embrionária. Sobre o embrião humano No desenvolvimento embrionário humano,
tudo começa com apenas uma célula. O organismo, um osso, um músculo, tudo
inicia a partir de uma delas. Bom, em estágios embrionários mais avançados, é
comum uma estrutura se unir à outra, como alguns neurônios que se unem
formando um terceiro. Imaginemos o desenvolvimento de um
embrião humano. O ovo (óvulo fecundado) chega ao útero já bem mitosado (dividido em muitas células), por isto o nome
mórula ao se prender à sua parede. Esta mórula faz uma dobra sobre si mesma e
esta região futuramente será a região da coluna. Cada vértebra tem o seu
início numa célula. Imagine as vértebras se formando. Durante isto e entre
estas, inicia a formação dos neurônios. À princípio apenas um
neurônio-embrião entre cada par, que se dividirá em muitos, alguns destes se
unirão a fragmentos de neurônios-embriões originados em outros espaços
intervertebrais, formando o sistema nervoso. Considerando os neurônios que
passam pelo mesmo espaço interdiscal, sabemos que
tiveram o mesmo neurônio-embrião. Pois é o caso dos músculos
diafragma e reto-abdominal e a víscera em questão. O ponto boca do estômago
refere-se ao ponto gatilho do músculo reto-abdominal, o ponto onde o músculo
começou a se desenvolver no embrião. Os neurônios motores dos músculos reto-abdominal
e os da mucosa gástrica tiveram o mesmo neurônio-embrião por origem! No
organismo já formado, eles têm tractos diferentes
(caminhos até o cérebro). Têm em comum apenas o forame (espaço interdiscal em que passam seus pulsos para a medula, para
chegarem ao cérebro). Mais um detalhe. A maioria dos
neurônios têm bainha de mielina. Uma capa proteica que funciona como fita
isolante, como a capa dos fios que temos em casa: com a função de não haver
perda de carga elétrica. Durante a passagem pelo forame, algo em torno de até
um centímetro, os neurônios perdem a bainha de mielina: são muitos neurônios
que passam junto, precisam diminuir a espessura. Segunda questão: Relação
psicossomática do estômago Agora voltemos nossa atenção às
reações orgânicas ao medo. Estresse, situações de ameaça e insegurança
acionam o nosso sistema nervoso simpático. Entre as reações está a contratura
dos músculos já citados (reto-abdominal e diafragma): passamos à respiração
torácica. Nossos pulmões possuem lóbulos: o
superior e o inferior. Para encher os pulmões superiores, utilizamos
prioritariamente os músculos peitorais e chamamos esta respiração de
torácica. Para os inferiores, prioritariamente o músculo diafragma em
parceria com o reto-abdominal, reconhecida por respiração abdominal. As situações comentadas – de
ameaça, estresse e insegurança – promovem certa contratura contínua nos
músculos da respiração abdominal, mantemo-nos em estado de atenção e
proteção. Acionamos nossos músculos no intuito de defesa, e os músculos
abdominais possivelmente também para proteger nossas vísceras. Em casos em
que a situação de ameaça se mantém, também se mantém a contratura desses
músculos. O que os esgota e deixa seus pontos gatilho acionados (doloridos),
no caso, a boca do estômago. Sabemos que quando o estômago está
cheio, a pressão na mucosa provoca a produção de suco gástrico. Temos
terminais nervosos na mucosa gástrica para esta função. Apenas assim
deveríamos produzir o suco. Mas o estímulo inconsciente e contínuo dos
referidos músculos consegue, mesmo sem alimentos no estômago, estimular os
terminais nervosos responsáveis pela produção do suco gástrico, facilitando a
gastrite, o refluxo e, posteriormente, úlceras nesses locais. Porque, não
havendo alimentos na víscera, o suco gástrico irrita e desgasta a mucosa. O processo se torna uma bola de
neve. A irritação da mucosa gástrica inclui a irritação dos neurônios
estomacais; estes neurônios não sentem dor porque não têm terminais
nociceptores, mas são estimulados pelo ácido gástrico; este quadro elicia
irritação dos neurônios dos músculos associados pelo dermátomo,
aumentando a contratura dos músculos. Só para não confundir os músculos.
O estômago tem um músculo a sua volta, responsável pelos seus movimentos de
inflar e esvaziar, também por regurgitações (vômitos, que também participam o
reto-abdominal e o diafragma). Mas não é deste músculo que estamos falando. Concluindo: o estado de alerta
promovido pelo estresse, Burnout e outras situações que acionem o nosso
mecanismo de defesa (o sistema nervoso simpático), por manterem certos
músculos tensos e seus neurônios estimulados, consegue estimular também o
neurônio responsável pela produção de suco gástrico, o que facilita a
gastrite o refluxo e seus desdobramento, como úlceras duodenais. Outras possibilidades Não negamos que sal, gordura, café
e outros alimentos facilitem os males em questão. Mas temos tendência a
associar isto ao
agravamento, não à origem dos males em questão. Possivelmente o estresse ou
algo que sobrecarregue os músculos é necessário ao mal. Como exercícios abdominais em
excesso. Tenho a impressão, apenas baseado em minha clínica (quatro décadas)
e sem pesquisa que confirme, que a gastrite e o refluxo tem alta incidência
em frequentadores de academias e fisioculturistas. Também encontrei certa
incidência entre profissionais que utilizam intensamente seus músculos
abdominais, como pedreiros, serventes da construção civil e limpadores de
terreno (trabalham em capina). Infelizmente ainda não vi nenhuma pesquisa com
estes dados. Gostaria de ter pesquisas, não
opiniões, nestes campos. E para que serve esta informação? Sabemos que pessoas são
recomendadas a tomar até o fim de seus dias o omeprazol ou similar para o tratamento
da gastrite e do refluxo. E nenhum terapeuta pode suspender tal orientação,
apenas médicos. Mas podemos sugerir práticas integrativas ou alternativas. Sabemos e percebemos que os casos
de refluxo e gastrite costumam estar associados ao estresse ou à insegurança,
situações que acionam o sistema simpático. Entre os efeitos, há a contração
do músculo reto-abdominal e outros (acionamento de seus neurônios). Estes
neurônios fazem contato com os da mucosa gástrica ao passar pelos forames interdiscais e os aciona porque, neste local ambos estão
sem as bainhas de mielina, promovendo a produção de suco gástrico mesmo com o
estômago vazio. Ora, o relaxamento dos músculos
promove redução dos estímulos nos neurônios, que por sua vez aliviam as
reações gástricas. E assim se explica como yoga, massagem, Fisioterapia,
pontos gatilho, certas técnicas de respirar, acupuntura e outras terapias que
relaxam a musculatura abdominal funcionam. Conte-me sua experiência! Muito somaria a este trabalho
experiências. Você,
terapeuta ou fisioterapeuta, já tratou a gastrite, seja a sua ou a de seu
paciente? Com que recurso? Pode, por favor, relatar sua experiência? Sobre a
sindromização. Voltar
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