DRS.10 |
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Atualizando
as fibromialgias |
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Lembro-me ainda da primeira notícia sobre fibromialgia.
Um pequeno recorte de jornal colado numa folha em branco, aproximadamente em
1990, trazido por uma cliente que queria saber se seria o caso dela. Algum
congresso médico alemão teria reconhecido a FB, mas a grande maioria dos
médicos ainda a negavam. Com a experiência acumulada de
mais de três décadas, posso fazer várias afirmações: Acredite É bem mais fácil de reabilitar do
que se divulga. Há, na configuração deste mal,
enganos que dificultam o tratamento. Abaixo pretendo mostrar alguns, assim
como parte dos recursos que utilizamos e que nos garantem tanto sucesso. Não que todos os casos possam ser
facilmente reabilitados, há os que reagem melhor e mais rápido, há os bem
lentos e os que somam outros quadros. Como veremos, há mais de uma patologia
sob este nome e saber disto será importante na definição dos recursos, na
redução do tempo e no sucesso do tratamento. Convite Sim, sei que é difícil de
acreditar. Especialmente depois de anos com uma dor quase que incontrolável,
tantos textos garantindo que a FB não tem cura e que apenas canabinoides a aliviam de fato. Então deixo logo um convite: apareça,
seja no atendimento particular, seja no ambulatório gratuito. Praticamente
todos os casos têm bom alívio logo na primeira seção. Tenho certeza, tenha
também: esta é a melhor opção para entender nossa proposta terapêutica: participe de uma
oficina Alívio da
Dor. Mas se você é de longe ou por
algum motivo não consegue chegar aqui, seguem informações que, espero, possam
lhe ajudar. 1) O que é Para início de conversa, é
necessário que o leitor saiba como se identifica a FB. Estude o Projeto
Diretrizes – Fibromialgia (pesquise na internet, escolha em pdf). Ou acesse nosso resumo em Reconhecendo a
fibromialgia.
2) Falhas na conceituação Boa parte das avaliações
utilizadas para diagnosticar a FB não se sustenta. Questões levantadas e que
serão utilizadas para confirmar a FB não são sintomas de FB, mas de dor.
Todos os quadros com dor têm certos sintomas: irregularidade no sono,
intestino irregular, tendência à depressão e outros. Seja lupus
eritematoso, espondilite anquilosante, câncer ou herpes zoster. Ora, como
veremos, esses sintomas se referem a todo e qualquer quadro álgico, logo,
mostram que há dor, não são sintomas de FB como querem nos fazer crer. E por que isto é importante?
Porque há vários quadros sob o título Fibromialgia. E estes quadros demandam
recursos diferentes. Há recursos que ajudam num tipo e são inócuos em outro.
Por exemplo. Há fibromiágicos que têm as dores
reduzidas com banho quente. Outros, pioram. Ora, não pode ser a mesma doença!
Há sofredores em que a dor piora ao toque, em outros casos, a dor é contínua,
não depende de sentar ou encostar. Há os que pioram durante o dia e os que
doem mais ao acordar. Há FB vinculada ao hipertireoidismo, que iniciou com
dores nos ombros ou lombares, que tem edemas. Ora, tomar consciência que são
vários quadros com esse título é fundamental para a procura por opções no
tratamento. Isto está desenvolvido no texto O que, na
Fibromialgia, é arbitrário. 3) Os sintomas dos tipos de Fibromialgia No texto Sintomas
antagônicos nas fibromialgias! relacionei a maioria das avaliações que
necessitamos para selecionar os recursos que serão utilizados. O antagonismo - o fato de dois
sintomas antagônicos ocorrerem em dois fibromiálgicos
diferentes - é mais um indicativo que, sob o título de FB, se esconde mais de
uma patologia. Se um paciente tem alívio da dor
com banho frio e outro com banho quente, certamente estamos diante de quadros
com mecanismos diferentes. Assim vai por outros sintomas antagônicos: apesar
de antitéticos, podem ser encontrados como sintoma na FB. Para nós serão
indicativos de tipos diferentes de FB. Veja mais no texto Os sintomas
dos tipos de fibromialgia. 4) Pacientes que desistem do tratamento Quando um paciente se afasta da
terapia, pode ser acusado de falta de persistência, de fé ou de obediência.
Acho que nem sempre isto ocorre, acredito que a terapia possa ser o motivo.
Tenho certeza que os recursos que aliviam alguns fibromiálgicos
prejudicam outros. Sei que a massoterapia, o shiatsu,
o TENS, o infravermelho, o lazer, o gelo, os exercícios físicos e a
cinesiologia costumam aliviar as dores nas fibromialgias. Mas também percebi
que há pacientes que ficam ainda mais doloridos com alguns destes recursos.
Não apenas numa fase, mas durante todo o tratamento e reabilitação certas
terapias deverão ser evitadas. Como o terapeuta tende a insistir nos seus
recursos, o cliente se afasta da terapia e ainda é culpabilizado. Este é mais um dos motivos que
insisto: há vários tipos de patologias sob o título FB. 5) Relação movimento e aumento
da dor Uma das várias avaliações que
fazemos para identificar o tipo de FB é a relação do movimento com a dor. Não chegamos a perguntar nada ou pedir algo ao cliente,
mas o observamos entrar e sentar. Alguns se movimentam com delicadeza,
levemente, em marcha lenta e sentam-se com o auxílio das mãos. Outros,
nem tanto. Parte das pessoas diagnosticadas fibromiálgicas possui os movimentos normais, alguns até
com certa velocidade ou brutalidade. Nestes casos, como o ato de sentar não
aumenta substancialmente a dor, se movimentam normalmente. Mas em alguns o
ato de sentar promove dor, logo, os movimentos são leves e demorados, com
atenção e cuidado, sempre que possível com algum apoio das mãos ao se sentar.
Já pensei que seriam dois estágios
diferentes da FB: um mais leve, em que a dor é apenas profunda, e outro mais
avançado e crítico, em que as dores alcançam o tecido (pele). Há alguns anos
que descartei esta possibilidade por dois motivos: 1) os recursos eficazes
são diferentes e 2) a dor superficial e a lerdeza de movimentos acompanharão
o tratamento, se manterão enquanto houver dor. Este é mais um dos motivos
para eu considerar que são patologias diferentes. 6) Compreendendo a dor na fibromialgia Sabemos que a dor na FB é a lenta
(há a dor lenta-latejante-hipocampo e a rápida-fisgada-tálamo). Sabemos que é
necessário algum ácido ou pressão para que os nociceptores (da dor lenta)
sejam acionados. Ora, como explicar dor na FB se não há processo inflamatório
(ácidos) tampouco pressão nesses neurônios? Veja mais no texto Compreendendo
a dor na fibromialgia. 7) Detalhes no
tratamento da FB Sobre o tratamento alternativo que
utilizamos na fibromialgia, temos várias observações a fazer. ·
Precisamos
considerar que há vários tipos de FB. ·
O tratamento
deve ser por área. ·
Considere e
trate problemas artro-musculares concomitantemente,
como a lombalgia em obesos. ·
Faça parte de
uma equipe
multidisciplinar. Veja detalhes no texto Sobre o tratamento da fibromialgia (este texto só é enviado pelo WhatsApp e após detalhamento do caso). Concluindo Espero, sinceramente, duas coisas:
que os textos e orientações lhe sejam úteis e que você não se contente com
eles. Tenha certeza: são textos introdutórios. Há ainda muito a ser
pesquisado. Fibromialgia tem cura E pra quem pensa que FB não tem
cura e não quer vir conferir: não pode ser verdade! Os textos falam que esse
mal tem incidência bem maior em pacientes entre 40 e 50 do que entre 60 e 70
anos de idade. Ora, fibromialgia não leva a óbito, logo, pacientes se curam. Voltar
à relação de Reflexões
para a Saúde.
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