DRS.14 |
|
Compreendendo
a dor na fibromialgia |
|
Neste capítulo pretendo explicar algo que
realmente confunde na FB: a DOR SEM INFLAMAÇÃO. Sabemos que
apenas ácidos e pressão nos terminais nervosos estimulam a dor lenta, que é o
tipo de dor na FM. Por outro lado, desde a conceituação sabemos que em caso
de FB pressupõe-se que não há processo inflamatório (ácidos), tampouco
pressão. Como explicar a dor? Para tanto vejamos dois textos, antes de
continuar a leitura deste: Nutrição do Tecido Conjuntivo não Vacularizado Além de um pouco do conhecimento da
Fisiologia da dor e da acidez do sangue, para compreendermos as dores na fibras,
precisamos de certo conhecimento do tecido conjuntivo que constitui a parte
dolorida na FM. Para tanto, vamos mais uma vez utilizar uma referência da
internet: http://www.micron.uerj.br/atlas
/Cartilagem/fundam.htm. “ ... A cartilagem é um tipo de tecido
conjuntivo caracterizado pela sua consistência firme e elasticidade. Esse
tecido é constituído de células denominadas condrócitos e uma matriz
extracelular a qual é produzida por essas células. Diferente dos outros tecidos conjuntivos, a
cartilagem é um tecido avascular e portanto, sua nutrição ocorre por difusão
de substâncias entre os vasos sanguíneos do tecido conjuntivo circunjacente e
os condrócitos. A maioria das cartilagens estão revestidas por um tecido
conjuntivo denso bem vascularizado denominado de pericôndrio. A camada mais
externa do pericôndrio tem fibras colágenas em abundância e é chamado de
pericôndrio fibroso enquanto que a camada interna, denominada pericôndrio condrogênico, apresenta muitas células que originam as
células cartilaginosas. Os condrócitos estão isolados em pequenas cavidades
no interior da matriz, denominadas de lacunas. Entretanto, algumas dessas
lacunas podem estar extremamente próximas, separadas apenas por uma fina
porção de matriz . Estes arranjos de lacunas chamados de grupos isogênicos,
são uma característica que ajuda no reconhecimento desse tecido..." Ora, nenhuma cartilagem humana possui
vascularização. Sabemos que é tecido vivo e, por isto, necessita de
nutrientes e elimina resíduos metabólicos, mas não há sangue chegando ao
local. A nutrição e eliminação de resíduos são feitos por um tipo de linfa extraprofunda ou similar, como o líquido sinovial. Linfa superficial e profunda, para o Dr Leduc, consiste respectivamente na linfa que circula
fora e dentro das fáscias musculares. Mas existem outros locais com linfa ou
equivalente: a que circula dentro das cápsulas articulares e recebe o nome de
líquido sinovial, e a que banha as cartilagens periósteas
e os tendões, que nomeei de linfa extra-profunda.
Para destacar a sua importância: desconheço trabalhos que destaquem a
importância deste produto. É apenas comentado, como no texto acima.
Aproveitei e nomeei de terceira drenagem as manobras de
massoterapia com ação neste dreno. O local mais importante para as fibromialgias
é inserção dos tendões nos ossos. Os tendões ligam os músculos aos ossos,
todos sabemos. Quanto mais próximo dos músculos e afastado dos tendões, maior
a vascularidade: mais arteríolas levando nutrientes. Mas na inserção no osso,
nos tendões, as fibras de concentram de tal maneira que não há espaço para as
arteríolas. Como esta região recebe nutrientes e elimina toxinas? Pela linfa extra-profunda. Podemos então afirmar que os tecidos não
vascularizados são nutridos e têm seus metabólicos descarregados por essa
linfa. Mesmo o núcleo pulposo (este é responsável pela nutrição dos discos de
cartilagem da coluna). Mas e se houver algum problema na circulação desta
linfa? Bloqueio circulatório? Temos três circulações interligadas: sangue
arterial, sangue venoso e linfa. A circulação arterial costumar ter seus
dutos parcialmente obstruídos, afetando a circulação. A venosa, também.
No nosso caso estamos preocupados com a circulação de linfa. Esta pode
ser bloqueada? A resposta é positiva, senão vejamos os inúmeros casos de linfoedemas ou linfatites
crônicas. Por que a acidez? Por que os resíduos metabólicos não são
devidamente eliminados do local. Por que não? Porque há alguma obstrução na
circulação da linfa. No caso de mastectomia, sabemos que alguns linfonodos
foram retirados. Mas no caso de linfoedemas nas
pernas, simplesmente não se estuda o caso a contento. Certamente os linfoedemas
aos quais estamos acostumados não costumam estar presentes na fibromialgia.
Os linfoedemas são casos de retenção das
circulações de linfa superficial e profunda. No caso das fibromialgias, estamos falando da
circulação extra-profunda, a que nutre ossos e
cartilagens. E quanto a esta, pode ser obstruída sem prejuízo das circulações
superficiais e profundas? E a resposta parece ser positiva, pois é a única
maneira que encontrei até hoje para explicar as dores na FM, o fato de não
haver acidez no sangue. E, ainda, explica o sucesso dos métodos que
utilizamos na cura da fibromialgia. Sim, cura, porque a grande maioria dos
nossos clientes/pacientes são dispensados de continuar com algum dos
tratamentos. Agora,
uma das questões mais interessantes. Como
pode haver acidez na linfa extra-profunda sem
acidez no sangue? Resposta
em 4 etapas. 1- Façamos as contas. Circula pelo organismo
humano de 03 a 08 litros de sangue por minuto. Vamos considerar 05 litros de
sangue por minuto nos nossos cálculos. Isto dá 300 l/h ou 300.000 ml/h de
sangue, que passa inclusive pelos rins. 2- De linfa, os autores falam de 50 à 3000
ml/h. Se considerarmos a linfa proveniente do sistema digestório, este valor
pode chegar a 3000 ml/h, mas considerando apenas a nutrição do organismo em
si (desconsiderando a linfa capturada do sistema digestório), o valor de
cerca de 100 ml/h com o organismo em repouso é o justo. Alguns autores falam
em até 200 ml de linfa circulando por hora numa seção de drenagem linfática.
Estes 200 ml/h referem-se à linfa total do organismo, excetuando a linfa
proveniente do sistema digestório, como já comentado. Os mesmos autores falam
que apenas 20% dessa linfa circularia profundamente, nutrindo ossos e
cartilagens. Ou seja, apenas 20 ou 40 ml/h de linfa para nutrir ossos e
cartilagens, que certamente não gastam tantos nutrientes quanto os músculos,
por isto tão pequena. 3- A linfa tem seu retorno garantido à
corrente sanguínea: o sistema linfático faz anastomose com o venoso. 4- Os exames que podem comprovar a acidez do
organismo são feitos ou com o sangue ou com a urina. Agora vamos despejar 40
ml de linfa extra-profunda ácida por hora no
sangue, que circula pelo coração a base de 300.000 ml/h e ainda é filtrado
pelos rins. Façamos as contas: uma gota tem aproximadamente 0,1 ml. Terá
passado aproximadamente 1,5 litros de sangue pelo local onde o sistema
linfático faz anastomose com o venoso a cada gota de linfa extraprofunda que chegar lá. Calculando em pH. Linfa
ácida não pode ter pH menor que 6,95. A situação é mais ou menos assim: 0,1
ml de linfa ácida, pH de 6,95, diluída em 1500 ml de sangue não ácido, pH de
7,4, que ainda estará sendo filtrado pelos rins e recebendo os resíduos
metabólicos de todo o organismo. Façam e refaçam as contas. Certamente
imperceptível nos exames de sangue e urina que avaliam processos
inflamatórios. 5- Conclusão: linfa extraprofunda
ácida de modo algum pode afetar a acidez do sangue, mas pode estimular
terminais nervosos! Resumindo
e concluindo Um dos supostos mistérios da Fibromialgia é a
dor sem processo inflamatório. Os exames que mostram inflamações são o de
urina e o de sangue: resíduos ácidos acima do esperado. Não há exame da linfa
extraprofunda para avaliar o pH ou os seus
componentes. O pH do sangue é ligeiramente alcalino: entre
7,4 e 7,45. Quanto aumentaria a acidez se despejássemos 0,1 ml (uma gota) de
linfa ácida - pH 6,95, em um litro desse sangue, que continuasse a ser
filtrado pelos rins e recebendo a acidez de todo o organismo, sabendo que os
resíduos metabólicos dos músculos é muito, muito maior que a da linfa? E isto
tudo sem poder controlar o mecanismo de controle da respiração, que mantém o
pH do sangue constante? Nada que pudesse ser medido nos exames
atuais, pois o pH se manteria praticamente o mesmo. Mas certos exames confirmam a acidez. O
PROJETO DIRETRIZES e textos da internet confirmam a existência da sustância P
em quadros de FM. A substância P é um ácido, lembro, mas a concentração
aferida não é suficiente para identificar um processo inflamatório. Já
sabemos por quê. Assim acho muito coerente a afirmação: nas
patologias genericamente denominadas Fibromialgias, a acidez se encontra
normalmente junto a tendões e ligamentos, em locais de difícil drenagem, por
isto não perceptíveis nos exames regulares. Fim do mistério? Infelizmente não. Falta a
comprovação científica. E ainda tem a fibromialgias que doem na pele toda e
não apenas nas fibras. Como sempre afirmo: faltam pesquisas e estudos. Continua no texto Detalhes no tratamento alternativo da fibromialgia. Este texto só é enviado pelo WhatsApp e após detalhamento do caso. Voltar
à relação de Reflexões
para a Saúde.
|
|
|
|
|