DRS.08

Síndrome da fadiga crônica


Mais cedo ou mais tarde, você provavelmente vai ser diagnosticado com depressão, ansiedade, fadiga crônica, burnout, fibromialgia ou estresse. Ou já foi. Neste texto vamos questionar a Fadiga Crônica, mas poderia ser depressão ou Fibromialgia.

O que é a síndrome da Fadiga Crônica?

Em acordo com literatura na internet, a síndrome da fadiga crônica é uma desordem complexa e desabilitante caracterizada pela fadiga profunda que não melhora com descanso deitado e que pode ser piorada por atividade física ou mental. Pessoas com síndrome da fadiga crônica geralmente funcionam em um nível de atividade substancialmente menor do que eram capazes antes do aparecimento da doença. Adicionalmente, pacientes reportam vários sintomas não-específicos que incluem fraqueza, dor muscular, memória prejudicada, piora na concentração, insônia e fadiga após exercícios exaustivos que dura mais de 24 horas. Em alguns casos a síndrome da fadiga crônica pode persistir por anos

A causa da síndrome da fadiga crônica não é identificada e não estão disponíveis testes diagnósticos específicos. Uma vez que muitas doenças têm fadiga incapacitante como um dos sintomas, deve-se ter o cuidado para excluir outras condições conhecidas, e geralmente tratáveis, antes de fazer o diagnóstico da síndrome da fadiga crônica.

Acho que não tenho muito a acrescentar, pois os assuntos pertinentes já foram comentados em textos anteriores. É mais um caso de sintoma sindromizado, um sintoma comum a vários quadros que, em vez de identificarem o mal, querem tratar farmalogicamente o sintoma, e apenas ele. E ainda sem prazo ou garantia de cura.

Como outros casos de sindromização. Primeiro procura-se reconhecer algum quadro já cadastrado. Não conseguiram porque tem alguma coisa ligeiramente diferente? Coloca-se um rótulo, arbitram-se regras lógicas e sem apoio das estatísticas, evita-se falar em Etiologia, relacionam-se protocolos, cria-se uma associação médica e voilà: mais uma síndrome no mercado.

Problemas hepáticos perduram muito tempo e deixam a sensação de fadiga. Viroses prejudicam o metabolismo e podem deixar a mesma sensação. Estresse também. Vários fármacos podem promover os mesmos sintomas! Ora, se estresse e fármacos podem gerar o sintoma, e isto inclui inúmeras possibilidades, chamar o sintoma de síndrome é tão inútil quanto as outras sindromizações, como a da fibromialgia: faz passarmos ao tratamento antes de sabermos os motivos. Pior! Com o diagnóstico fechado, a busca pela Etiologia se encerra. Bom para o médico, que não será mais cobrado. Bom para os laboratórios, que venderão mais remédios. Bom para os pacientes?

Por que não investigar a Etiologia da fadiga crônica? Se for decorrente de estresse, de alteração de algum outro hormônio, pelo uso de fármacos (como algum psicotrópicos) ou decorrente de problema hepático, a solução será diferente a cada caso. Lembre-se: não há exame para confirmar a síndrome, é apenas uma conclusão quando não se identificam as causas, não se deseja acusar fármacos pelo sintoma ou não se quer reconhecer o fracasso no diagnóstico.

E ainda temos as possibilidades psicológicas: frustrações, solidão, traição e muitos quadros nos levam a sensação de não saber o que fazer, de a vida não ter sem sentido, gerando exatamente este sintoma.

Insisto: SINTOMA! Não doença, síndrome ou transtorno. E repito: ao se fechar o diagnóstico, encerram-se as buscas por compreensão do mal, sobrando poucas opções de tratamento, geralmente farmacológicas.

Conclusão: tenho minhas dúvidas quanto à existência desta síndrome.

 

Sugestão de exercício

Refaça este texto com outros temas, como Fibromialgia, depressão ou Burnout. A partir de informações da internet e considerando outros quadros com os mesmos sintomas, chegaremos sempre à mesma conclusão: sindromizam sintomas!!!

 

Continua em relação da fadiga crônica com a fibromialgia.