DRS.20 |
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Fisiologia
da dor |
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A
dor é um dos nossos sete sentidos. Como todos os outros, depende de um grupo
especializado de neurônios. Desconheço
os motivos pelo qual apenas cinco dos nossos sete sentidos são divulgados, e
os outros dois, não. Os
cinco sentidos que todos conhecemos são: audição, visão, tato, olfato e
paladar. Os dois sentidos que todos nós experimentamos, mas que não costumam
estar na relação conhecida: propriocepção e nocicepção. O
conjunto de sensações que nos informa sobre o nosso corpo, tendo o labirinto
como peça de destaque, recebe o nome de propriocepção e não é relevante para
esta obra, apesar de ser muito importante para compreendermos outros
mecanismos utilizados pelas alternativas, como os que estimulam a imunidade. As
sensações dolorosas constituem um sistema integrado e nosso sétimo sentido: a
nocicepção. Dor a gente sente, logo, é um dos nossos sentidos. Conhecer seus
mecanismos é fundamental para compreendermos a ação das terapias alternativas
e outros recursos. A
dor pode ser analisada e dividida de várias maneiras, como a neurológica -
por estímulos dos terminais nervosos - e a psicológica - pela percepção.
Sabemos que experiências como a perda de um ente querido promove dor por
mecanismo diferente da dor eliciada por uma queimadura de cigarro, mas nem
por isto obrigatoriamente menos dolorida ou importante. Normalmente
dividem-se as dores em duas: a aguda e a crônica, também conhecida por dor
rápida e dor lenta, respectivamente. Por que o trajeto do pulso, o tempo
entre o estímulo e a reação e a área do cérebro mais afetada são diferentes. A
dor rápida tem a maior parte de seu pulso elétrico destinado ao tálamo –
cerca de 80%. A dor lenta, ao corpo caloso, cerca de 70%. Ambas se bifurcam e
também mandam pulso à área de propriocepção, para sabermos onde é a dor. São
duas as sensações eliciadas pelas dores: a de dor e a de região. No caso
da dor lenta, como a grande parte do pulso é absorvida ainda no corpo caloso,
o pulso que leva à sensação de local é bem menor que no caso da outra dor. É
o tipo de dor na fibromialgia, nas artroses, nas dores residuais de viroses e
nas tendinites. É a que nos interessa mais na clínica alternativa. Queimaduras,
cortes, farpas, compressões repentinas de nervos e depilação estimulam a dor
rápida. Não falarei mais dela neste texto. Apenas
compressão mecânica e ácidos estimulam a dor lenta. Como ficar sentado por
longo tempo, o ácido lático após exercícios exaustivos e a sustância P. Em
acordo com a obra Fisiopatologia da
Nocicepção e da Supressão da Dor do dr Manoel Jacobsen TEIXEIRA, de fácil acesso pela
internet, muitos são os produtos orgânicos que participam do metabolismo e
que tem pH ácido, promovendo a inflamação: bradicinina, a acetilcolina,
as prostaglandinas, a histamina, a serotonina, o leucotrieno, a tromboxana, o
fator de ativação plaquetário, os radicais ácidos e os íons potássio, a
substância P, a neuroquinina A e B e até elementos
celulares envolvidos na inflamação (neutrófilos, linfócitos, plasmócitos,
macrófagos, fibroblastos, células de Schwann,
etc.). Posso
lembrar do ácido lático, do ácido úrico e dos ácidos graxos de forma geral,
resultantes do metabolismo celular. Com destaque à substância P, já
reconhecidamente presente em quadros de FM. Conclusão A
dor lenta sempre é devida a apenas dois motivos: compressão dos terminais
nervosos ou algum ácido (lactato, ácido úrico, algum ácido graxo, substância
P ou algum outro). Terapêuticas Terapias
manuais passivas. Ora, há manobras massoterapêuticas e cinestésicas eficazes
na redução da acidez tanto do sangue quanto dos líquidos intersticiais e
intracelulares. Cinesiologia.
Outro conjunto de terapêuticas com ação no metabolismo. Estímulo
da nocicepção. Shiatsu, exercícios físicos e outras terapias dolorosas
promovem a produção de dopamina, endorfinas e encefalinas, que atuam
diretamente na redução da dor e na compensação muscular. Terapia
do Esparadrapo, moxabustão, ventosas deslizantes e várias outras terapias
alternativas também têm ação tanto na sensação dolorosa quanto na compensação
muscular. Avalie separadamente. Alimentação.
Também deve ser avaliada, o cliente deve ter consciência da relação
alimentos/sensação dolorosa. Acidez
do sangue. Este tópico merece destaque. Em sendo a dor um pulso elétrico,
quanto mais ácido o sangue, mais a sensação dolorosa para o mesmo estímulo. Veja um pouco sobre a acidez do sangue clicando aqui. Bibliografia TEIXEIRA,
M.J. Fisiopatologia da nocicepção e da supressão da dor. JBA, Curitiba, v.1,
n.4, p.329-334, out./dez. 2001. Voltar à relação de Reflexões para a
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