DRS.73 |
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Acidez do sangue |
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Regularmente comento que a
qualidade do sangue está na essência da maioria dos males. O pH do sangue é ligeiramente
alcalino. No sangue arterial fica entre 7,45 e 7,4 enquanto que, no venoso,
entre 7,4 e 7,35. Índice de pH abaixo de 7,35 caracteriza acidose enquanto
que acima de 7,45, alcalose. Um pH próximo de 6,95 pode provocar estado de
coma enquanto que o pH acima de 7,7 pode desencadear espasmos,
hipersensibilidade, irritação e convulsões. O organismo humano não sobrevive
com o pH do sangue abaixo de 6,86 ou acima de 7,94. Todas as inflamações estão
relacionadas com acidez. Artrites, tendinites, metrite, espondilites, rinite,
sinusite, bursites, tendosinovites e todas as
patologias terminadas em ite correspondem a
processos inflamatórios. Exceto a popular celulite da Estética, que não é
essencialmente uma inflamação. Quanto maior a acidez: 1) A sensação dolorosa aumenta. Os
nociceptores (neurônios que sentem dor) são estimuláveis por ácidos e por
pressão. A sensação de dor aumenta a medida que a
acidez do sangue aumenta mesmo sem aumentarmos outros estímulos nesses
terminais nervosos. 2) Outras respostas neurológicas
diminuem, inclusive as cerebrais. Porque a acidez dificulta o transporte de
oxigênio pelas hemácias e o organismo necessita dele para funcionar. 3) Há maior índice de doenças. A
má resposta neurológica com a falta de oxigênio facilita disfunções
hormonais. Sejam nos batimentos cardíacos, nos pulsos elétricos que regem os
músculos, nos mensageiros, no peristaltismo, na produção dos hormônios, nas respostas
imunológicas e de defesa e em praticamente todos os sistemas orgânicos. 4) Há maior índice de
contaminação. A grande maioria dos vírus, fungos e bactérias prolifera melhor
em meios ácidos. 5) Aumento dos casos de edemas e
má absorção de nutrientes. A circulação linfática é muito sensível ao pH. A acidez
dificulta ao organismo absorver os nutrientes do sistema digestório, uma das
funções da circulação linfática, e facilita os edemas (inchaços), o que
dificulta a retirada dos resíduos metabólicos dos espaços intertisciais
(entre as células), outra das funções do sistema linfático. 6) Maior índice de osteoporose e
perda de massa muscular. O organismo utiliza, entre outros mecanismos, o
cálcio e o magnésio para regular a acidez do sangue (mecanismo nomeado tamponagem). Normalmente estes minerais estão no
colágeno, em outras proteínas ou armazenados nos ossos, donde podem ser
retirados para que a tamponagem ocorra. Bom exemplo
é a condromalácia patelar em desportistas e outros que esforçam muito os
músculos das pernas. 7) Problemas musculares. O pH
afeta diretamente as sinapses musculares, a irrigação e a oxigenação
muscular. 8) Aumento da taxa de radicais
livres. Os radicais livres são moléculas de oxigênio que perderam um elétron
nas interações com outras moléculas e tentam se equilibrar roubando elétrons
de outras moléculas. Reagem com oxigênio ou outro componente como silício em
busca de seu equilíbrio elétrico. Em falta destes, destroem moléculas de
colágenos, fator de reconstrução e manutenção do tecido humano. O sangue
ácido, como já vimos, diminui tanto o oxigênio bom do sangue quanto os
nutrientes, aumentando o ataque dos radicais livres ao colágeno. Conclusão. Sangue ácido promove
adoecimento e envelhecimento precoce do organismo. Controle orgânico da acidez Além da alimentação (mecanismo
externo), possuímos alguns mecanismos internos para controle do pH: o sistema
renal, os centros de controle da respiração e a tamponagem.
O sistema renal é o principal
mecanismo de eliminação dos ácidos, geralmente em forma de amoníaco. Mas não
o mais rápido no controle do pH do sangue. O metabolismo celular resulta,
além de outros produtos como alguns ácidos graxos, na produção de bicarbonato
de sódio e o anidrido carbônico ou ácido carbônico (H2CO3,
que se transforma em gás carbônico e água – CO2 e H2O).
Estes dois produtos são os principais reguladores do pH do sangue. Os centros de controle da
respiração (no cérebro) fazem papel fundamental no equilíbrio entre o
bicarbonato e o anidrido carbônico. A respiração mais profunda e mais rápida
faz o corpo eliminar mais gás carbônico, diminuindo o volume do anidrido
carbônico (a água nutre células e o excesso sairá pela urina). O sistema renal é o principal
mecanismo de eliminação dos ácidos, geralmente em forma de amoníaco. Mas não
o mais rápido no controle do pH do sangue. O metabolismo celular resulta,
além de outros produtos como alguns ácidos graxos, na produção de bicarbonato
de sódio e o anidrido carbônico ou ácido carbônico (H2CO3,
que se transforma em gás carbônico e água – CO2 e H2O).
Estes dois produtos são os principais reguladores do pH do sangue. Os centros de controle da
respiração (no cérebro) fazem papel fundamental no equilíbrio entre o
bicarbonato e o anidrido carbônico. A respiração mais profunda e mais rápida
faz o corpo eliminar mais gás carbônico, diminuindo o volume do anidrido
carbônico (a água nutre células e o excesso sairá pela urina). Uma respiração
menos profunda e mais lenta elimina menos gás carbônico. Assim estes centros
controlam o pH do sangue. E reagem em poucos segundos ao aumento ou
diminuição do pH. Basta um esforço maior, ingestão de produtos ácidos ou uma
situação de ameaça. Tamponagem Outros mecanismos de controle do
pH podem ser utilizados, como o uso de componentes alcalinos (cálcio e
magnésio) na redução dos ácidos. Em estética, por exemplo, utiliza-se o
silício para a captura dos radicais livres. Normalmente no nosso organismo os
ácidos que não são eliminados pela urina reagem com moléculas de cálcio
quelado (muitas vezes cedido pelos ossos) ou com proteínas como o colágeno
(que possuem cálcio e magnésio). Como resultado podemos ter a
condromalácia patelar – resultado de muito esforço físico com os músculos da
perna e redução das cartilagens da patela pela perda do colágeno utilizado
para a tamponagem. Outros fatores acidificantes Além dos ácidos próprios do
metabolismo celular, outros ácidos podem ser produzidos pelo organismo ou
serem a ele incorporados. O ácido úrico é resultante do
metabolismo de gorduras. O ácido lático pode ser produzido
pela contração dos músculos estriados. A substância P, um
neurotransmissor produzido pelos neurônios, é um ácido. Resíduos metabólicos da
decomposição de proteínas, por exemplo, também deixam resíduos ácidos. Como
no caso dos diabéticos que, por não utilizarem a glicose, mas proteínas na
nutrição celular, possuem alto índice de ceto-ácidos. Os glóbulos brancos, outros
macrófagos e alguns componentes do mecanismo de defesa, são altamente ácidos
(por isto o catarro irrita tanto as mucosas). Muitos alimentos são ácidos ou
acidificantes. Como produtos com ácido acético (vinagres, picles, ketchup e
seus derivados), muitos dos conservantes alimentares, açúcar e seus derivados
e alimentos que, quando cozidos, produzem algum ácido. Como o tomate e o
repolho que, ao natural, tem pH alcalino e são ótimos para a saúde. Mas,
cozidos, nem tanto. Nosso controle sobre a acidez Atuamos de diversas formas sobre a
acidez do nosso sangue. Nutrição. Não é necessário ser da
Saúde para reconhecer que principalmente a nossa alimentação pode aumentar ou
regular o pH. Atividades físicas. Os exercícios
e o batimento cardíaco são os principais responsáveis pela circulação de linfa,
sistema importante na retirada dos resíduos metabólicos do meio intersticial
(entre as células), que passará ao sistema venoso/arterial e circulará pelos
rins. O excesso dos exercícios, no entanto, pode deixar resíduo ácido (ácido
lático). Respiração. Até mesmo o nosso
controle sobre a nossa respiração afeta o pH do sangue. Onde também entra os
males que afetam nosso pulmão, como as fumaças tóxicas e problemas do
sistema. Conclusão Há algo muito importante para a
saúde que simplesmente não atentamos diretamente: a acidez do sangue. Apesar
de muitas terapias promoverem protocolos que alcalinizam o sangue, estes
mecanismos, em si, costumam ser ignorados. Voltar à relação Dicas e reflexões para a saúde. Voltar
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