SP02.00bi

Sabedoria Pessoal

Narrativa ou natureza?


Sobre o nosso grupo de estudos.

Compreenda esta temporada (clique).

R-SP02.01a. Todos nós temos uma sabedoria pessoal.

R-SP02.01d. Nossa sabedoria pessoal é atualizada. Resume e atualiza todas as nossas experiências, práxis, emoções, pensamentos, comportamentos e saberes.

R-SP02.01e. Nossa sabedoria está sempre em formação. Ela não é só acumulada, atualizada e reagente, mas também experimentadora: criamos, solucionamos e especulamos possibilidades.

R-SP02.01f. Confundimos nós mesmos com a nossa sabedoria pessoal. Seríamos o conjunto de nossos pensamentos, o que pensamos de nós mesmos, o resultado de nossas atitudes, a soma de nossos objetivos, o que os outros nos marcaram ou as influências que sofremos?

R-SP02.01g. A sabedoria interior é parcialmente inconsciente. Muitos de nós achamos que a nossa sabedoria é consciente: sabemos quem somos, como pensamos e como reagimos. Mas as muitas vicissitudes e surpresas da vida, assim como as psicanálises, nos mostram que não. 

R-SP02.01h. O que seria o inconsciente? Qual a relação com a sabedoria pessoal?

R-SP02.01i. Paradigma existencial. O que seria?  Qual a relação com a sabedoria pessoal?

R-SP02.01j. Nossa sabedoria pessoal se confunde com o nosso ego?

R-SP02.01h. É o nosso saber interior que define nosso comportamento a cada situação, a nossa autoimagem, nossos objetivos e razões, enfim, quase tudo em nós.

R-SP02.02. Não percebemos nossas falhas e nossas desvirtudes.

R-SP02.02a. Temos naturalmente dificuldades em identificar nossas falhas, nossos enganos, nossas desvirtudes, nossas limitações e as influências que sofremos. Simplesmente os negamos.

R-SP02.02b. Não percebemos nossas falhas e nossas desvirtudes. Até porque, se percebêssemos alguma delas agora, imediatamente as corrigiríamos.

R-SP02.02c. Temos a impressão de que apenas a nossa sabedoria é natural, plena, justa, correta e real. Naturalmente creditamos a verdade ao nosso saber interior, reconhecendo saberes antagônicos por falsos, errados, incompletos ou injustos.

R-SP02.02d. Não temos conhecimento de todas as nossas possíveis reações, emoções e sensações. Mas achamos que sim.

R-SP02.02e. Desqualificamo-nos em todas as desvirtudes, como não percebemos nossas falhas. E, caso apontado, negamos naturalmente nosso lado supostamente negativo.

R-SP02.02f. Não percebemos nossas falhas e nossas desvirtudes. E quando as percebemos em nós mesmos, as desestigmatizamos – nunca as percebemos como nos outros.

R-SP02.02g. Não percebemos nossas falhas e nossas desvirtudes. E isto é utilizado no controle social: mostram-nos as dos outros e, como nos vemos como do Bem, automaticamente polarizamos.

R-SP02.02h. Naturalmente arrogamo-nos tudo de bom. Que os nossos saberes são mais identitários com a verdade que os dos outros, que sempre estamos certos, que nossas intenções sempre são as melhores, que acumulamos todos os bons dons e até que sabemos como as outras pessoas deveriam agir. 

R-SP02.02i. Naturalmente acreditamos que somos capazes de avaliar uma questão, ouvir os prós e contras, pesquisar vicissitudes dela e concluir, sem sombra de erro, entre o certo e o errado e entre o verdadeiro e o falso. Ledo e natural engano.

R-SP02.02j. Por que todos nós temos a impressão que o nosso saber pessoal é natural, pleno e correto? Seria porque, para agir, precisamos estar sem dúvidas e certos da ação? Dúvidas diminuiriam nosso potencial, nosso investimento e as possibilidades do nosso sucesso em nossas empreitadas. Então, para evitá-las, creditaríamos valor de verdade ao que nos movimenta à ação: as nossas crenças. Seria este o motivo?

R-SP02.03a. Só percebemos erros, enganos e desvirtudes nas outras pessoas. Percebemos facilmente que os saberes das outras pessoas foram influenciados pela Cultura, pelas mídias e pelos amigos. Mas continuamos sentindo que os nossos são naturais. Como já comentamos em Culturas tradicionais versus globalização.

R-SP02.03b. A sabedoria no conto dos dois homens que desceram por uma chaminé. Dois homens desceram por uma chaminé. Só um deles sujou o rosto. Só o outro foi prontamente se lavar.

R-SP02.04a. Somos influenciáveis. Por que não percebemos isto com facilidade? Na verdade, até negamos.

·        R-SP02.04b. Brincadeiras infantis influenciam o comportamento do futuro adulto?

·        R-SP02.04c. As mídias nos influenciam?

R-SP02.04d. Somos influenciáveis. Podemos aprender durante toda a vida. Por que costumamos considerar apenas os nossos saberes atuais (e os que deste se aproximam) naturais, plenos, corretos e sempre atualizados?

·        R-SP02.04e. Somos influenciáveis. A partir de que idade ou maturidade não mais seríamos?

R-SP2.04f. Se antes eram os antigos e suas tradições que nos influenciavam, hoje em dia são as mídias, que influenciam a Cultura e a Educação, sempre conforme interesses maiores. Os influenciados não percebem, e se apontado, negam. Como já comentamos em Culturas tradicionais versus globalização.

R-SP02.04g. Somos influenciáveis. Aprender é sinal de inteligência ou de burrice? E não aprender (imunidade cognitiva)?

R-SP02.05. Temos tendência ao pensamento ortopédico.

R-SP02.05a. O pensamento cartesiano nos é natural?

R-SP02.05b. Pensamento versus saberes sociais. O pensamento, podemos crer, é pessoal. Mas os saberes são sociais, são informações acumuladas: praticamente tudo o que sabemos, está também em outras pessoas.

R-SP02.05c. Sofremos de preconceito natural com saberes divergentes.

R-SP02.05d. Conversando com pessoas que se dizem pensar fora da caixinha. Aparenta que são as que mais sabem o que é o certo e o errado, o bom e o ruim, que apenas ela não faz o que o Sistema deseja. Não percebe que a polarização social é fator de controle.

R-SP02.06a. Qual ou quais seriam as origens de nossa sabedoria pessoal? Natureza, evolução natural, genética, produção cultural, instinto, influências midiáticas, vontade de Deus, acidente ou resultado de nosso livre-arbítrio?

R-SP02.06b. Nossos pensamentos e a nossa sabedoria pessoal têm estrutura na língua, na linguagem e nos conceitos. Diversos conceitos para uma mesma palavra, comunicação prejudicada, povo dividido.

R-SP02.06c. Um de meus mestres afirmava: estamos presos na língua; a língua aprisiona nosso pensamento. Por que ele afirmava isto, o que ele queria dizer?

R-SP02.06d. Sobre a necessidade de conceitos. Estando presos na língua, sem a qual não estruturamos nossos pensamentos, tampouco nossa comunicação principal, o reconhecimento social de conceitos é o que poderia facilitar a harmonia social. Algo que não é do interesse do Sistema.

R-SP02.06e. Quais as fontes do nosso saber efetivamente imaculadas (que nunca erram ou se enganam)?

R-SP02.06f. Nossos saberes se originam e se estruturam a partir de crenças e falácias. Logo, naturalmente confundimos falácias com verdades e fatos. E até certa maturidade não conseguimos nem perceber.

R-SP02.07a. Todos usufruímos de diversos tipos e sinais de inteligência e de burrice. Este tópico foi desenvolvido em Conceitos e tipos de inteligência e burrice.

R-SP02.08a. Amadurecemos. Ou não. Somos múltiplos na inteligência, nas aptidões, no amor, nos objetivos, na dedicação, na estratégia e em muitas de nossas crenças e comportamentos porque tudo isto amadurece. A compreensão destes processos se torna relevante para compreendermos nossos pensamentos e o controle social, por isto este tópico se destaca e se repete: Questões maturáveis.

R-SP02.09. Consideramos verdadeiras e justas as notícias que nos agradam.

R-SP02.09a. Naturalmente somos inocentes úteis. Consideramos verdadeiras e justas as notícias que nos agradam, confirmam nossos saberes, atendem nossos desejos ou que tenhamos confiança na sua fonte. E o Sistema se aproveita disto.

R-SP02.09b. Imputamos veracidade a uma notícia conforme, além de sua agradabilidade, a confiança que temos na fonte.

R-SP02.09c. Acreditamos serem reais ou verdadeiras as notícias que nos agradam. Como elogios, bons méritos e atribuição de valores positivos.  Assim como concluímos, à priori, que devem ser falsas as que discordam do nosso saber ou que nos desagradam.  

R-SP02.09d. Na impossibilidade de confirmarmos pessoalmente a grande maioria das informações que nos chegam, consideramos verdadeiras e justas as notícias que nos agradam, confirmam nossos saberes, atendem nossos desejos ou que tenhamos confiança na sua fonte. E desprezamos os casos contrários.

R-SP02.09e. Não somos neutros, apesar da sensação que podemos ser. Dinâmicas para conferir nosso preconceito com as informações.

R-SP02.09f. Elogios, méritos e direitos nos enternecem e, por isto, os consideramos verdadeiros. Também por isto nos enganamos tão facilmente com falácias.

R-SP02.09g. Acreditamos mais no que confirma nossas crenças e saberes (vieses de confirmação) que em argumentos.

R-SP02.09g. Temos mais fé nas nossas crenças que em argumentos e fatos. Por isto só nos informamos daquilo que nos interessa.

R-SP02.09h. Viés de confirmação. O que é, a quem interessa que o grosso da população não reconheça isto em si mesmo?

R-SP02.09i. O viés de confirmação também é percebido quando utilizamos as informações para comprovar nosso saber, quando buscamos por notícias que confirmem nossos interesses, ou as interpretamos de modo a confirmar nossos conhecimentos e desejos.

R-SP02.10a. Amamos de diversas formas. Chamamos várias sensações e atitudes diferentes de amor. E as confundimos com facilidade. Este tópico será continuado em sobre o amor e o amar.

R-SP02.11a. O poder nos fascina. Dependemos dele até para sobreviver. E é pelo poder acima de tudo que o Sistema funciona. Este tópico será continuado em Conceitos e tipos de poder e riqueza.

R-SP02.12a. Somos arrogantes por natureza. Atribuímo-nos quase todas as virtudes, direitos e bons méritos. Assim como nos desqualificamos em todas as desvirtudes (R-SP02.02d), nos arrogamos (reconhecemos em nós mesmos) todos os dons: o saber correto, a avaliação perfeita e justa, as inteligências, o poder de criticar, julgar e condenar, a sensibilidade, a verdade, a intuição e a razão.

R-SP02.12b. Somos naturalmente meritosos. E isto nos leva a acreditar que somos meritosos.

R-SP02.12c. Um dos sintomas de arrogância é a autoatribuição do direito de avaliar criticamente tudo e todos e ainda com a exigência do respeito consigo, do direito de não ser julgado por ninguém.

R-SP02.12d. Somos naturalmente vaidosos.

R-SP02.13a. Confundimos percepção com realidade.

R-SP02.13b. Estudo 1. Avaliação comparativa das teorias energéticas de 3, 4 e 5 elementos.  Mais na temporada EV09- Energias.

R-SP02.13c. Estudo 2. O fantasma em Lacan.

R-SP02.13d. Cada um tem a sua verdade.

R-SP02.13e. O dono da verdade.

R-SP02.13e. James R. Schlesinger teria comentado: todos têm direito à própria opinião, mas não a seus próprios fatos.

R-SP02.13f. Bertrand Russell teria comentado: o problema do mundo de hoje é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, e as pessoas idiotas estão cheias de certezas.

R-SP02.13g. Lidamos com fantasmas.

R-SP02.14a. Reduzimos. Temos a tendência em reduzir pessoas, situações e locais a uma única ou poucas características.

R-SP02.15a. Temos conceitos contestáveis e falhados para livre-arbítrio. Temos a tendência a acreditar que o livre-arbítrio é simples e natural.

R-SP02.15b. Conceitos de livre-arbítrio.

R-SP02.15c. Acreditamos que todo o nosso saber foi por nós experimentado, confirmado, selecionado e, por isto, concluímos que é confiável, justo e correto. Como todas as outras pessoas, consideramos nossas próprias avaliações perfeitas e justas. E as antagônicas, erradas.

R-SP02.16. A desvirtude sapiens.

R-SP02.16b. Interpretamos fatos e informações conforme nossos interesses.

R-SP02.16c. Conceito de canalhice.

R-SP02.17. Inocência útil.

R-SP02.17a. Conceito de inocência útil.

R-SP02.18a. Não somos neutros. Apesar da sensação de que podemos avaliar uma situação de forma neutra, como já temos essa sabedoria, isto é totalmente impossível: sempre temos alguns saberes nos guiando.

R-SP02.18b. Naturalmente somos inocentes úteis, como vimos em (R-SP02.09a). Naturalmente acreditamos que somos capazes de avaliar uma questão, ouvir os prós e contras, pesquisar vicissitudes dela e concluir, sem sombra de erro, entre o certo e o errado e entre o verdadeiro e o falso. Ledo e natural engano quando se trata do certo e do errado.

R-SP02.19a. Quem controla a informação manipula os saberes e, consequentemente, as nossas sensações, desejos e atitudes.

 

Voltar aos módulos do grupo de estudos.