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Fases do amor

 


Sabemos que há diversos tipos de amor ou, pelo menos, diversos conceitos para as palavras amar e amor.

Um dos motivos para esta multiplicidade é que o amor amadurece enquanto crescemos.

R-MM06.05b. Crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos estão em fases distintas da vida, têm objetivos de vida, condições, sensações e experiências diferentes, natural  que, em cada fase, chamemos de amor sensações diferentes.

Crianças de colo, por exemplo, amam as pessoas que lhes cuidam. O primeiro uso da frase eu te amo é para quem identificamos como mãe ou cuidador. Não é difícil perceber que, em várias situações, costumamos relacionar nosso amor a quem nos zela, protege, alimenta, provém, cuida ou vela o nosso sono. A este amor, podemos chamá-lo de amor dependência, infantil ou pela mãe. Poderíamos ainda nomeá-lo amor valor?

R-MM06.05c. Amar é desejar. Utilizamos a expressão eu te amo ou eu amo (algo ou alguém) para expressar nosso desejo.

Consegue se lembrar o seu primeiro amor? Tenho certeza de que o que sentimos nessa fase é amor. Por que negamos esse amor e dizemos que apenas o de mãe é verdadeiro?

, paixão. Sempre colocamos valor nas coisas que desejamos e dizemos amar. Amar, nestes casos, seria, então, desejar valores?

R-MM06.05d. No adolescente já encontramos o desenvolvimento do amor-próprio. Nesta fase nos concentramos em nós mesmos: o que queremos, o que pretendemos ser, nossa imagem, nossas escolhas, nosso espaço, nossas experiências, nossa maturação, enfim, a formação de nós mesmos. Amor-próprio seria o amor típico da fase.

R-MM06.05e. Considerando o sentido literal da palavra jovem: aquele que se ejeta, que se joga. Seria a fase em que não basta saber quem eu sou, o que quero e quais devem ser os meus potenciais e objetivos. É hora de aplicar valores (tempo e amores) na conquista de espaço, de companhia, de emprego ou ocupações, na realização de projetos, valendo até autossacrifícios. Nesta experiência o amor (tempo de vida, valores e recursos próprios) são desviados a objetivos, a conquistas, a independência, a formação de patrimônio, enfim, a realizar aquelas idealizações da adolescência ou as possíveis. Nesta fase valem sacrifícios. O amor está no mecanismo para realizar sonhos e objetivos, na conquista, na aventura.       

R-MM06.05f. O jovem se torna adulto. Nesta fase os amores, investimentos e realizações são escalonados, regularmente se trocam: um amor, uma casa, uma fonte de renda, filhos, nova formação, nova casa, ideologia ou religião, pets, causas a defender, quiçá novas relações e outros filhos. Natural que circule entre várias emoções entre sonhos, projetos, sacrifícios e realizações, por isto o carrossel de amores: o amor-prazer, o amor-carência (ou amor-valor), o amor-próprio, o amor investimento de si, o amor de mãe (doação) e ainda outros, como o amor pela terceira entidade, o de gratidão pelos que o ajudaram e familiares próximos.

R-MM06.05g. Na terceira idade, ou quando satisfeitos e realizados, é comum encontrarmos pessoas disponíveis aos seus ou a alguma causa. Disponibilização esta sempre muito sortida, desde serviços a bens, passando por tempo e orientações. Este amor, típico na terceira idade, eventualmente disponível aos seus, outras vezes, à sua comunidade ou sociedade, como pode ser nomeado? Como as pessoas que doam seu tempo às suas igrejas.

Há ainda outros tipos de amor (onde aplicamos nosso amor-vida), como o amor-valor, o amor-gratidão e o amor de idosos dependentes, mas os deixemos a outra ocasião.

Poderíamos concluir que o amor-dependência, o amor-valor, o amor-paixão, o amor-aventura, o amor-conquista, o amor conjugal, o  amor paternal, o amor-gratidão e o amor Universal são todos o mesmo amor (amor seria onde investimos tempo e vida), só que em consciências diferentes?

Sugestão de continuidade desta reflexão: amor pela Terceira Entidade.

R-MM06.05h. Considerando esses tipos de amores, diga: quais são do interesse do Estado? Quais facilitam a autorrealização?

 

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