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Burros não reconhecem falácias


É da natureza humana não reconhecer falácias. Pelo contrário, natural é confundi-las com verdades pelo menos enquanto crianças e adolescentes. E como sempre houve interesse do Sistema na confusão, isto também impera entre os adultos.

Reflexão. Acreditar em falácias é comum ao ser humano. Desde a tenra idade acreditamos em afirmações que nos agradam, que nos valorizam ou que estejam em acordo com nossas crenças e desejos. Mas alguns de nós amadurecemos e conseguimos identificá-las. Outros, não. E o Sistema faz uso disto no controle social: não faz a menor questão que o povão reconheça as próprias falácias, no máximo, as dos outros.

Sobre as falácias

Falácias são crenças que agradam, que contemplam os desejos e saberes das pessoas e, por isto, as enganam. Estamos todos cercados por muitas delas, acreditando que sejam verdades puras e justas. Já comentei alguma coisa aqui.

Identificar falácias é atividade básica de quem busca a verdade, a compreensão, a empatia, a sabedoria e a inteligência. Quase todos nós conseguimos entender o que são e, a partir disto, aumentamos nossa atenção e estudos. Mas regularmente me deparo com pessoas que simplesmente se prendem em saberes que não conseguem ou não desejam questionar.

Entendo quando a origem desses saberes é religiosa ou política, há maior rigidez nesses sistemas. Mas há casos em que simplesmente a pessoa não consegue entender o que seja falácia. O que podemos fazer?

Questão. Há pessoas que não conseguem compreender que crenças pessoais podem ser falácias. Por uma série de fatores: incapacidade didática do orador, falta de confiança do ouvinte, porque a burrice possa ser tão enraizada que lhe seja impossível compreender. Quais outros fatores podemos pensar?

Reflexão. Graduados, pós-graduados e doutores deveriam perceber mais facilmente as falácias e, por isto, deveriam ser menos suscetíveis ao emburrecimento. Mas é justamente o contrário que ocorre, parece que o saber acumulado reduz a capacidade em identificar os próprios enganos.

Reflexão. Praticamente todos não sabemos reconhecer falácias. Assunto que aprendi alguma coisa no ginásio, atualmente não aparece nem em grades de graduação. Por que isto ocorre? Poderíamos pensar que nos são negados o conhecimento e reconhecimento de falácias por interesses do Sistema? De fato, poucas pessoas conseguem identificá-las. Mas nós não deveríamos buscar tal conhecimento?

 

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