IB03.222

Empatia versus burrice


Já comentei, em outro momento, que aparenta haver relação entre inteligência-antenalidade e empatia. E que um bom parâmetro para medirmos a nossa inteligência seja o quanto as pessoas a nossa volta confiam na nossa compreensão de sua fala, o quanto confirmam nossa percepção de suas intenções.

Não lhe parece coerente ponderar a intenção consciente da pessoa quando o assunto é as suas intenções?

Quanto mais elas nos confirmam que nós a entendemos, podemos pensar que, de fato, as compreendemos. E, ao contrário, quanto mais elas acham que nós não a compreendemos, maior deve ser o nosso índice de burrice.

Ora, aparentemente só pessoas com certa antenalidade conseguem perceber os limites do outro, suas intenções, suas dificuldades. Ou seja, têm empatia. Como o conceito de burrice se contrapõe ao de antenalidade, parece coerente a dificuldade, senão impossibilidade, da empatia nas pessoas emburrecidas.

Reflexão. Pessoas emburrecidas não são empáticas. Elas polarizam, logo, não têm curiosidade pelo mundo do outro, já o conhecem e combatem.  

Reflexão. Pessoas emburrecidas não são curiosas nem empáticas. Mas sentem e garantem que o são.

Reflexão. Por que há mais crenças sociais nos estimulando a desprezar a opinião alheia que a de ponderar a opinião dos outros sobre nossas avaliações sobre eles mesmos?

Reflexão. Pessoas, e não apenas as pessoas burras, acreditam que têm empatia. Sugiro então que a anuência do outro na minha interpretação de suas faltas e questões seja o medidor dela. Acha razoável?

 

Continua aqui.