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Pessoas emburrecidas não são
curiosas |
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Considere um inseto no chão. Uma criança tende a
parar para observar. Vai mexer, fazer algum experimento. Um adulto já sabe o
que é, logo, não vai perder tempo. Quem já conhece costuma ter menos
curiosidade com as coisas. Sabe quando você começa a contar uma novidade e a
pessoa te interrompe e dá sua opinião? Quando você quer falar sobre uma nova
reflexão, um tema que rolou num grupo de estudos, e ela nem dá a mínima
porque já sabe? Quando você vê uma notícia nova na TV e quer falar dela, mas
a pessoa não percebeu que é novidade? Qualquer que seja o seu comentário,
questão ou observação o indivíduo já sabe o que é e não tem interesse no
assunto. No máximo vai fazer a sua avaliação e mostrar seu
perfeito senso crítico, sempre procurando te iluminar. Reflexão. Nem sempre a falta de
curiosidade é sinal de burrice. Nem toda perda de curiosidade está ligada à
ilusão do saber. Às vezes o assunto pode estar esgotado, não ter valor ou a
sua apresentação mostra indícios de repetição do assunto. Em outras ocasiões,
há outras prioridades a se atentar. E sempre há assunto do interesse de cada
um de nós. Certamente há assuntos interessantes a investigar
e aprender, mas não para as pessoas emburrecidas. O problema com o burro é
que, qualquer que seja o assunto, ele vai te interromper precocemente,
avaliar, criticar e dar a sua opinião. Sempre vai faltar curiosidade em
conhecer algo novo, ele não acredita que outra pessoa possa ter algum
conhecimento útil que ele desconheça. O que impede a empatia. Reflexão. Pessoas emburrecidas não são
empáticas. Elas polarizam, logo, não têm curiosidade pelo mundo do outro, já
o conhece e combate
as suas diferenças. Como já sabem a verdade, dispensam novas abordagens. Reflexão. Não sei, não quero saber. Não
sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe. Sei, mas não dá para falar
porque é muito complexo. |
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